Álamo Meneses, Presidente da Câmara de Angra do Heroísmo, anunciou que no âmbito do sistema de incentivos à utilização de viaturas movidas a eletricidade nos transportes públicos da Região, a autarquia vai comparticipar a parte não comparticipada de 15 % aos taxistas angrenses que pretendem substituir as viaturas convencionais.
Álamo Meneses, que falava na sessão de abertura da conferência “O Desafio Energético da Mobilidade Energética”, realizada em Angra do Heroísmo, precisou que a Câmara de Angra está incipiente nas questões da mobilidade eletrifica, tendo assinado um protocolo com a APALIT (Associação dos Profissionais de Táxis da Ilha Terceira) no sentido de serem adquiridas duas viaturas elétricas. O acordo prevê que numa candidatura a fundos comunitários por aquela associação, o município assume o montante não co-financiado de 15%, ou seja segundo Álamo Meneses “o taxista fica com a viatura praticamente paga.”
Para Álamo Meneses para além deste acordo, o município está a estudar a substituição de algumas viaturas municipais por viaturas elétricas, uma vez que “o concelho não tem distancias que sejam impeditivas, do ponto de vista da recarga da viatura, no uso diário.”
Municípios da Terceira com desfio redobrado nas questões da energia
Durante a conferencia Álamo Meneses referiu que a temática das energias sustentáveis para os municípios da Terceira é verdadeiramente importante, pois “os municípios de Angra e da Praia são neste momento os maiores produtores privados, fora da EDA, na Região, devido à Central de Valorização Energética, tendo neste momento um interesse muito grande no sentido de potenciar o seu consumo e de criar soluções que permitam a entrada de energia na rede sem restrições, num interesse imediato. Neste momento todas as ideias que digam respeito a registar uma gestão mais eficiente da energia, de forma a retirar peso pelo uso de combustíveis fosseis para a regulação da rede nas horas de menor consumo, são essenciais.
Segundo o autarca no agregado das despesas correntes do município a componente “energia” representa a maior componente, sendo dividida pela iluminação pública e na vertente dos combustíveis utilizados na frota dos veículos da recolha de resíduos, representando pelos municípios, em geral, um desafio no ponto de vista financeiro de forma a serem encontradas soluções para a eficiência de medidas que possam reduzir o custos fixos com esses gastos.”
Como exemplo o edil referiu a implementação das soluções de bombas de calor em 15 instalações desportivas para as águas sanitárias, que permitiu o fim da utilização do gás propano. Neste momento o Município está a estudar uma solução de energia geotérmica, em baixa profundidade, adequada ao aquecimento da agua das piscinas municipais.
A Câmara de Angra acredita e tem o interesse imediato nas boas práticas para a utilização de outras formas de energia, pois o resultado aumenta a boa gestão das finanças publicas dos nossos concelhos onde procuramos soluções para esta via, havendo um forte empenho na resolução destas questões, tendo um interesse imediato na redução dos custos da energia e olhamos para as viaturas elétricas como um enorme contributo nos sentido de viabilizar os investimentos que já temos feito e outros que podemos realizar.