Decorreu na manhã de hoje a cerimónia de inauguração da Central de Valorização Energética (CVE), que vai permitir o processamento de 35 mil toneladas de lixo por ano, com capacidade para produzir 2,8 megawatts de energia, o equivalente à electricidade necessária para a Zona Histórica de Angra do Heroísmo, sendo a gestão do equipamento explorada pela empresa intermunicipal Teramb.
O Presidente da Câmara de Angra do Heroísmo, Álamo de Meneses, salientou que a construção de uma Central de Valorização fez parte da evolução do antigo Aterro Sanitário Intermunicipal uma “questão essencial para a ilha”, sublinhando a necessidade de melhorar os processos de reciclagem e reutilização de resíduos, fazendo ainda o seu aproveitamento energético. Deste modo, o autarca entende que a central de valorização energética da Terceira foi “a melhor solução para o tratamento dos resíduos na ilha.”
Álamo Meneses referiu que este investimento tratou-se “da única solução tecnicamente adequada, porque permite que se avance com duas vias: com a reciclagem/recolha selectiva e, no caso do material que não pode ter essa solução e que constitui um risco de poluição, é o caso das carcaças dos animais que morrem em pastagem e nos matadouros, um problema grave na Terceira – irá avançar-se para o seu aproveitamento energético”.
Com a entrada em funcionamento da CVE, o autarca pretende que o aterro comece a desaparecer lentamente. “Trata-se de um projeto a longo prazo que pode transformar um antigo aterro sanitário numa zona verde. No espaço de uma geração podemos pensar em ter aquela zona completamente limpa, reflorestada, eventualmente um parque, à semelhança do que está a ser feito no resto da Europa”, destacou.
O investimento no valor aproximado de 40 milhões de euros, pretende mudar a face do local onde hoje está o aterro intermunicipal da Ilha Terceira, tendo sido comparticipado na sua totalidade por fundos comunitários.