A Delegação de Saúde Concelhia de Angra do Heroísmo, em articulação com a Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, a Direção Regional dos Assuntos do Mar e a Autoridade Marítima Nacional, decidiu preventivamente interditar a utilização das areias da Prainha, no concelho de Angra do Heroísmo.
Em causa está a deteção na areia da presença de microrganismos que poderão colocar em causa a saúde pública.
A Câmara Municipal de Angra do Heroísmo contratou o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge para proceder a uma recolha certificada de amostras de areia em 10 zonas da praia, a qual foi efetuada a 22 de agosto, sendo que os resultados preliminares indicam a presença de contaminação bacteriológica no areal.
O controlo da qualidade do areal não é obrigatório, nem existem limites legais estabelecidos, mas foi efetuado por iniciativa do Município, apesar de até, ao momento, não ter sido registado qualquer caso de problemas de saúde conexos com a prática balnear na Prainha nos serviços desaúde do concelho de Angra do Heroísmo.
Considerando os resultados preliminares da análise ao areal da Prainha, a Delegação de Saúde em Angra do Heroísmo, na sequência de reunião realizada sexta-feira com a Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, Autoridade Marítima e Direção Regional dos Assuntos do Mar, decidiu interditar o acesso ao areal, de modo a permitir a implementação das medidas de mitigação acordadas entre todas as entidades e que de seguida se elencam:
– remoção de camada superficial do areal;
– desinfeção em toda a extensão do areal.
De notar, no entanto, que a água balnear continua a cumprir com os limites aplicáveis para a qualidade de água excelente, nos termos da legislação aplicável.
Estes resultados têm sido consecutivamente confirmados desde o início da presente época balnear.
Paralelamente a estas medidas, será implementado um plano regular de amostragem das águas e do areal por forma a esclarecer a origem e a evolução da potencial contaminação, sendo que se pondera, atendendo à divergência dos resultados da qualidade da água balnear relativamente aos da qualidade do areal, que o foco de contaminação tenha origem em terra e não no mar.
Reforça esta presunção o facto de parte das amostras ter sido realizada em zonas do areal sem contacto com o mar.