Câmara de Angra edita livro “Angra do Heroísmo Património Mundial – O Processo “

A Câmara Municipal de Angra do Heroísmo procedeu à edição do processo de classificação de Cidade Património Mundial da UNESCO em livro. A apresentação ocorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho, no âmbito do dia da UNESCO e contou a participação do Centro UNESCO Açores, de Assunção Melo e de Álvaro Monjardino, autora e prefaciador, respetivamente.

Álamo Meneses, Presidente da Câmara de Angra, afirmou que o Município “mais uma vez celebra o dia da UNESCO, um dia que a nível mundial celebra a sua criação e todo o percurso feito pela organização em prol da ciência e da cultura e um dia em que a cidade de Angra, na sua qualidade de bem classificado, se associa à comemoração”.

O autarca referiu que, este ano, Angra tem mais duas razões para se associar a este dia porque a “partir da passada semana passou a integrar o conselho de administração da organização das cidades-património-mundial, uma das mais influentes organizações não-governamentais ao nível do património, ficando assim no centro de decisão sobre matérias importantes para o concelho e cidade”

Outras das razões, prosseguiu Álamo Meneses, tem que ver com o facto de “nesta sessão podermos lançar uma obra que reúne toda a documentação referente ao processo de classificação de Angra enquanto bem da humanidade”, um conjunto de documentação que estava dispersa por diversos lugares, alguns dos quais inacessíveis ao público, ficando, a partir de agora, na forma de livro, disponível a quem quiser estudar essa matéria e aos que precisam, em Angra, de dar corpo e consistência à classificação da cidade.

O Presidente da Câmara congratulou-se ainda pelo facto de, neste momento, “estarmos muito mais próximos da UNESCO, muito longe dos tempos em que andávamos à procura do processo numa caminhada de aproximação e de maturação que nos permite olhar, hoje, para esta classificação de uma forma mais segura e permite que, finalmente, passemos da fase do enorme potencial para a sua concretização de forma prática”.

O autarca disse ainda que “ hoje podemos dar como adquirido que os angrenses, os terceirenses e os açorianos, pensam na sua cidade com cidade Património Mundial e todos se orgulham desse facto” acrescentando que chegado a este ponto “está na altura de darmos os passos seguintes e com certeza que os daremos quer do ponto de vista da melhoria da informação local e também na divulgação externa e, nessa matéria, a geminação que foi assinada, o ano passado, com Cartagena de Índias, e neste ano com a cidade de Jining, capital cultural da China, terra natal de Confúcio, bem como outras geminações que temos, permitem colocar Angra de uma forma diferente no panorama mundial e coloca-la entre as cidades que contam em matéria de cultura e em matéria de património”.

Álamo Meneses referiu, depois, que “estão a ser dados importantes passos no sentido da criação do centro interpretativo estando já concluído o projeto de arquitetura e engenharia esperando-se apenas pelo financiamento por forma a avançar-se com o início da sua construção” mas, deixou claro, que “um centro interpretativo não pode ser apenas um edifício sendo necessário criar o conteúdo para o edifício e esse é o principal desafio, que agora se coloca e vamos continuar com esse processo” acrescentando que o próximo desafio que se coloca tem que ver “ com este edifício onde nos encontramos, os Paços do Concelho, estando em preparação o livro que vai assinalar os 150 anos da sua inauguração a 11 de Agosto de 1866, marcando, com esse livro, a efeméride”.

O Presidente da Câmara, terminou referindo que nos aspetos relacionados com a divulgação, “temos de ser melhores a divulgar o nosso próprio património e esse é um desafio que tem de começar cá dentro criando mais informação para que este enorme capital cultural possa ser partilhado com o público em geral” e referiu-se ainda a 2016 “um ano simbólico porque se cumprem 250 anos do Decreto de 2 de Agosto de 1766 que criou a Capitania-Geral dos Açores elevando a cidade de Angra, pela primeira vez, a capital de facto e iremos assinalar essa data com um conjunto de iniciativas começando, desde logo, pelo tema das sanjoaninas do próximo ano e iremos tentar transformar essa celebração num momento em que as pessoas também possam ficar a conhecer essa fase da nossa História”, concluiu.

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