O Grupo de Trabalho “Cidades Inclusivas” da Rede Territorial Portuguesas das Cidades Educadoras integra 35 municípios portugueses e desenvolve atividade regular desde 2015, a qual é visível na participação em Congressos Nacionais, realização de encontros temáticos ou recenseamento e divulgação da atividade municipal em tornos dos eixos: “inclusão” e “cidades educadoras”.
Em 2020, e face à situação pandémica gerada pela COVID 19, acordou o Grupo de Trabalho proceder à sistematização das respostas locais para mitigar os efeitos desta crise inicialmente sanitária, mas que rapidamente evoluiu e assumiu outras dimensões que exigiram uma abordagem multinível e multidimensional dos municípios portugueses.
Esta edição reúne as experiências desenvolvidas em 2020 e 2021 por 34 municípios: Albufeira, Alenquer, Alfândega da Fé, Almada, Amadora, Anadia, Barcelos, Cascais, Covilhã, Évora, Fafe, Gondomar, Lagoa (Açores), Loulé, Lousada, Matosinhos, Miranda do Corvo, Odemira, Odivelas, Oeiras, Paredes, Porto de Mós, S. João da Madeira, Santa Maria da
Feira, Santarém, Santo Tirso, Sesimbra, Silves, Sobral de Monte Agraço, Soure, Torres Vedras, Valongo, Vila Nova de Famalicão e Vila Verde, agrupadas em 10 categorias.
A “temporalidade da crise” exigiu às comunidades e às governações locais a mobilização de atributos como sejam o dinamismo, a flexibilidade, a criatividade, a assertividade, a comunicação e a inovação das respostas aos problemas identificados e à salvaguarda das condições de equidade para as populações em situação mais vulnerável.
Estas respostas expressam a dinâmica das cidades para responderem às necessidades das comunidades. Tendo por base o bem comum mobilizaram a cidadania, as competências e os recursos na procura e na construção de soluções, muito diversificadas, para enfrentarem os (novos) constrangimentos e as dificuldades sentidas em cada um dos territórios.
Neste quadro, e tendo em conta os princípios da Carta das Cidades Educadoras este momento histórico foi um tempo de aprendizagem, de desenvolvimento da consciência coletiva e da mobilização das competências para organizar a vida em comum, respeitando os princípios da igualdade e justiça em que a construção da cidade inclusiva esteve muito presente.