“O dom nasce com a pessoa, o serviço é, depois, desenvolver esse dom junto com outros que sabem mais”. São 63 anos de cantigas que João Ângelo trás ao cinto. Anos de dedicação e de provação agora postos em livro pela mão de Liduíno Borba e de José Fonseca de Sousa.
A obra, que surge em jeito de homenagem, tem por título “João Ângelo – 80 anos, o Melhor do Ti João” e foi apresentada na quarta feira, 24, no âmbito da programação das festas concelhias Sanjoaninas 2015. Na apresentação, que decorreu no Salão Nobre da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, estiveram presentes os autores do livro, representantes da autarquia, familiares e admiradores do longo percurso de João Ângelo na cantiga ao desafio e na cantoria.
“Tenho muito boas recordações do público e guardo muitos conhecidos que fiz na diáspora; Não há onde chegue que não tenha gente que me conheça e reconheça”, afirmou o cantador que faz agora 80 anos de idade. Depois de todos estes anos, o octagenário arrepende-se apenas das poucas vezes em que o improviso não se chegou à ponta da língua: “Por fazer ficaram só as vezes em que cantei mal e gostava de ter cantado bem”, admite.
“João Ângelo – 80 anos, o Melhor do Ti João” é uma obra que conta com o apoio da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo na sua promoção e divulgação, constituindo-se como um testamento crucial no esforço para a preservação da cultura terceirense enquanto identitária de um povo.