Projeto “Artesanato Local e Poluição Visual”

O projeto “Artesanato Local e Poluição Visual” tem como objetivo demonstrar e divulgar as raízes e tradições de todas as cidades que fazem parte da organização, promovendo em simultâneo a arte e o artesão, com o intuito de solidificar a presença destas artes e ofícios tradicionais na comunidade local e dar a conhecer além fronteiras.
Entrevistado: Maria Aurélia Rocha, Azulart.

Câmara Municipal de Angra do Heroísmo (CMAH)- Com que idade começou a praticar a sua arte?
Aurélia Rocha ( A. R.) – Comecei a praticar cerâmica em 1998.

CMAH- A família teve alguma influência no seu interesse por esta arte?
A. R.- A família não teve influência e comecei por iniciativa própria, porque cá na ilha não havia ninguém a fazer cerâmica, apenas em São Miguel é que existia esta arte.

CMAH- Os seus filhos/familiares mais novos demonstram o mesmo interesse pela sua área?
A. R.- Não há interesse em continuar esta arte pelos mais novos, por não se interessarem.

CMAH- O artesanato é a sua profissão ou é uma ocupação/fonte de rendimento extra?
A. R.- É a minha principal ocupação, é a minha profissão.


CMAH- Sente dificuldade em captar/despertar o interesse das novas gerações pela sua arte?
A. R.- Não há por agora, ninguém interessado, nem vejo os jovens interessados, por ser um processo complicado desde o início até ao fim.

CMAH- Classifique a evolução da sua arte nos últimos 20 anos?
A. R.- Não tem havido evolução, dado eu ser a única pessoa a fazer cerâmica na ilha terceira.

CMAH- Qual a sua maior fonte de rendimento a nível de clientes? Habitantes locais ou turistas ?
A. R.- Durante o inverno são os clientes locais que compram loiça utilitária e as juntas de freguesia que procuram placas de rua. De verão, os turistas procuram mais a loiça.

CMAH- As suas vendas variam com a sazonalidade (épocas do ano, Verão vs Inverno)?
A. R.- Sim, de verão há um aumento das vendas, principalmente as pessoas do Norte da Europa, continente, emigrantes, etc.

CMAH- Como analisa a continuidade e longevidade da sua área de artesanato ?
A. R.- A loja esteve para fechar este ano mas nos últimos meses houve um aumento de vendas. Houve uma redução de turistas muito grande em relação ao ano passado, tendo havido uma quebra muito grande nas vendas.

CMAH- Qual o fator que mais diferencia a sua arte das outras ?
A. R.- É por gosto pessoal, não se faz sempre a mesma coisa. Primeiro faz-se a loiça, vai ao forno, segue-se a vidragem, pinta-se, e vai ao forno para a última cozedura.

CMAH- Se tivesse que expor o seu trabalho em algum país europeu, qual escolheria? Porquê?
A. R.- Inglaterra, Escócia, Holanda, Alemanha, Polónia.

CMAH- Na sua opinião, como classifica os apoios dados ao artesanato?
A. R.- Os apoios são os suficientes, o que falta mais são as placas de identificação dos locais de artesanato e a publicidade dos mesmos.

CMAH- Tem se falando muito na modernização dos processos de artesanato, concorda? Porquê?
A. R.- A modernização está feita. Não concordo com a estampagem em impressão, prefiro que seja pintado à mão.

CMAH- Qual foi o momento mais feliz/marcante da sua carreira, o mais difícil e mais engraçado ?
A. R.- O momento mais difícil da minha carreira foi o começo, pois não tive formação e comecei com revistas e a procurar informação por conta própria. O mais feliz foi ver a evolução que tive ao longo da minha carreira. Não tive momentos engraçados.

Página atualizada a

Adira à nossa newsletter

Fique a par de todas as novidades de Angra do Heroísmo.

Angra está na palma da sua mão.

Descarregue a app móvel MyAngra e tenha acesso aos serviços online da autarquia e à informação turística sobre o concelho.

Angrosfera

Conheça a riqueza patrimonial de Angra do Heroísmo numa só plataforma.