A Rota da Água é um percurso que sobe ao cimo da Serra do Morião e embora de pequena extensão, cerca de 5 Km, apresenta alguma dificuldade pela necessidade de subir dos 180 aos 577 m de altitude, numa encosta de inclinação um pouco acentuada.
Esta percurso, que se inicia junto a um empreendimento turístico, foi desenvolvido assumindo uma forte componente de interpretação ambiental, concretamente em torno da importância da água para a cidade de Angra e seus habitantes, nas diversas funções que teve ao longo de 5 séculos. Começa por passar junto das ruínas dos 5 primeiros moinhos, dos mais de 40 que a levada conhecida por Ribeira dos Moinhos fazia trabalhar. Servia esta água ainda para movimentar o engenho dos Pregos, uma serra de água, e alimentar as Alcaçarias, diversos lavadouros e pias, contribuindo para a limpeza da cidade de uma forma em geral.
Além desse papel histórico, mais adiante o caminhante entra numa zona reservada, sob gestão da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, o que permite também perceber como funciona o ciclo local da água, desde que as massas de ar húmido precipitam no interior da Caldeira do Guilherme Moniz, até surgir a água nas nascentes da encosta exterior deste vulcão, onde é captada, tratada e distribuída para consumo humano.
Junto à nascente da Mãe-de-Água existe também a primeira das três centrais mini-hídricas de Angra, a primeira fonte de energia renovável que a cidade possuiu. Aqui o pedestrianista vê como a central é abastecida, através de uma conduta adutora (cano verde) que vem deste meio da encosta da serra. O percurso segue então esse tubo até atingir o tanque de regularização de águas, de onde se tem uma primeira vista tranquilizadora sobre Angra.
Saindo de junto ao tanque, passa-se por um cruzeiro e sobe-se até ao cimo da Serra do Morião, desfrutando de uma panorâmica soberba sobre a costa sul da ilha.
O regresso é feito descendo por onde se subiu, salvo uma pequena variante a meio do percurso.