Data e hora
Date(s) – 03/11/2024
18:00
Local
Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo
Categorias
Concerto englobado na Temporada de Música Clássica 2024, de Angra do Heroísmo, onde serão interpretados temas de compositoras, por:
Ana Paula Pereira – Soprano
Olga Lysa – Piano
Biografia das Compositoras:
Fanny Mendelssohn Hensel (1805-1847), foi uma pianista e compositora da Alemanha, irmã do compositor Felix Mendelssohn; ambos netos do filósofo Moses Mendelssohn. Ela é a primeira compositora importante do mundo.
Clara Schumann (1819 – 1896), compositora alemã, considerada uma das maiores pianistas da era romântica, ela compôs concertos para piano e música de câmara, Canções e obras para piano. Ela era esposa do compositor Robert Schumann e o casal era muito próximo de Johannes Brahms. Ela foi a primeira a executar as obras de seu marido e as de Brahms. Aos onze anos, ela começou a fazer turnês. A sua carreira internacional continuou por 61 anos. Em 1878 ingressou no Conservatório Hoch em Frankfurt como professora de piano. A maioria das composições de Clara Schumann nunca foi executada durante a sua vida e até 1970. Desde então, as suas obras são ativamente trabalhadas e gravadas.
Há um filme de 2008 que revela os episódios da sua vida “Clara”, realizado por Helma Sanders-Brahms.
Pauline Viardot-García (1821 – 1910) foi uma mezzo soprano e compositora franco-espanhola, irmã 13 anos mais jovem da lendária mezzo soprano Maria Malibran. Ela debutou aos dezasseis anos de idade – na ópera Otello, de Rossini. A sua técnica de canto era assombrosa e surpreendente, de uma bela dramaticidade. Mas na verdade, a sua primeira aparição ao público foi em um concerto de piano. Aconteceu de ter que substituir a sua irmã cantora, o que a deixava muito desgostosa, já que preferia tocar piano e viajar ao lado da irmã do que cantar. Ela queria tornar-se pianista profissional. Tinha feito aulas de piano com o jovem Franz Liszt e contraponto e harmonia com Anton Reicha, o professor de Liszt e Berlioz, e amigo de Ludwig van Beethoven. Foi com grande pesar que ela abandonou a sua forte vocação para o piano, o que fez só porque não se atreveu a desobedecer à vontade de sua mãe]. Ela, no entanto, manteve-se pianista excecional durante toda a vida, e muitas vezes tocando em dueto com o seu amigo Frédéric Chopin. Após a morte de Malibran, em 1836, aos 28 anos, Pauline tornou-se cantora profissional.
Mel Bonis (1858 — 1937) compositora francesa. Aluna de César Franck e Charles Koechlin, ela foi uma das artistas mais vanguardistas de França desde o início do século XX. Embora ela não tenha convivido com muitos compositores contemporâneos, o seu estilo era semelhante ao de um de seus mestres, Gabriel Fauré, bem como a outros compositores como Franck e Debussy. Compôs cerca de duzentas obras ao longo da sua vida, privilegiando o piano, mas também compondo para pequenos ensembles instrumentais e algumas obras orquestrais. Na vida social parisiense, ela estava acostumada a salões e extraía das obras literárias de seus parentes o material para as suas canções.
Cécile Chaminade (1857 – 1944) compositora e pianista francesa. De família abastada, estudou primeiramente com a mãe e depois com Félix Le Couppey e Benjamin Godard. As suas primeiras experiências em composição acontecem na infância, e, por volta dos seus oito anos, tocou algumas das suas peças para Georges Bizet, amigo da família, que ficou muito impressionado com o seu talento. Chaminade deu o seu primeiro concerto aos dezoito anos e, desde então, o seu trabalho como compositora ganhou espaço. Escreveu principalmente peças sérias para piano mas também música de salão. Realizou várias tournées pela França e Inglaterra.
Clara Mathilde Faisst (1872 – 1948) foi uma compositora, pianista e escritora alemã. Estudou música no Conservatório em Baden e de Berlim. Mudou-se para a Prússia para estudar com o pianista Max Bruch. Trabalhou como pianista, professora de música e compositora. Durante a Segunda Guerra Mundial, Faisst conduziu concertos caseiros. Ela foi uma compositora prolífica, autora de mais de cem obras distintas, incluindo baladas, canções, peças corais e sonatas para violino e piano.
Poldowski (1879 Bruxelas – 1932) foi o pseudônimo da compositora e pianista britânica de origem polaco-britânica, nascida Régine Wieniawski, filha do virtuoso violinista e compositor poláco Henryk Wieniawski, que foi nomeado professor no Conservatório de Bruxelas em 1874. Tiveram alguma ligação indireta a Frédéric Chopin e Hector Berlioz, Rossini, Meyerbeer. Dos sete filhos do violinista, ela foi a única a abraçar uma carreira musical. Os seus estudos musicais também estão sujeitos a alguma incerteza. Ela estudou diz a sua biógrafa oficial, no Conservatório de Bruxelas, onde estudou piano (talvez em particular) e em Londres. Após a morte do seu primeiro filho, estudou com Vincent d’Indy na Schola Cantorum de Paris. No entanto, algumas das informações acima referidas são contrariadas pelo facto de o seu nome não constar de nenhum processo do Conservatório de Bruxelas. A crítica elogiou as suas obras como “marcadas por uma rara distinção e mostrando uma personalidade muito clara”. Impulsionada pelo sucesso, ela publicou no mesmo ano várias canções, a maioria delas com poemas de Verlaine.
Hedwige Chrétien (1859 — 1944) foi uma compositora francesa. Ingressou no Conservatório de Paris em 1874 e completou uma carreira completa marcada por vários prémios importantes: de piano e de composição. Tornou-se professora de teoria musical, mas pediu demissão para se dedicar melhor à composição. Em 1889, ela foi nomeada oficial da academia na Ordem das Palmas Acadêmicas. Ela compôs cerca de 250 peças, incluindo peças para piano, orquestra, música de câmara, canções, um ballet e duas óperas cómicas.
Nadia Boulanger (1887 – 1979) foi uma compositora francesa . Foi professora de diversos compositores de grande relevância no século XX. Era filha Ernst Boulanger, compositor e professor do Conservatório de Paris. A sua mãe, de origem russa, foi aluna de seu pai em Paris, antes de se casarem. Nadia Boulanger entrou para o Conservatório de Paris com a idade de 10 anos, para estudar harmonia e composição. Ela chamou a atenção do mundo quando, em 1908, concorreu ao Prêmio de Roma escrevendo uma fuga instrumental na primeira fase, quando era exigida uma fuga vocal. Mesmo assim ela foi classificada pelo júri, como segundo-prêmio.
Aos 33 anos ela parou de compor, chocada pela morte de sua irmã Lili Boulanger, que considerava uma compositora muito mais talentosa. A partir de então dedicou-se a dar aulas e promover a obra de sua irmã.
Lili Boulanger (1893 – 1918) compositora Francesa, irmã mais nova da compositora e professora Nadia Boulanger. Foi a primeira mulher a ganhar o Prix de Rome para compositores. Lili era considerada uma criança prodígio e o seu talento teria despontado já aos dois anos de idade, quando Gabriel Fauré descobriu que ela tinha um ouvido absoluto. Seus pais, ambos também músicos, encorajaram as filhas a ter educação musical. A sua mãe era Raissa Myshetskaya, casou-se com um professor do Conservatório de Paris, Ernest Boulanger, ganhador do Prix de Rome em 1835. Ele tinha 77 anos quando Lili nasceu e tornou-se muito ligado a ela. O seu avô era Frédéric Boulanger, notável violoncelista e a avó, Juliette, era cantora. Lili costumava acompanhar a sua irmã Nadia às aulas no Conservatório de Paris antes de ter 5 anos de idade. Pouco depois ela começa a ter aulas com Louis Vierne. Lili tornou-se proficiente em piano, violino, violoncelo e harpa. Lili sofreu muito com a morte do pai, em 1900 e várias de suas composições na época traziam temas como perda e luto. Seu trabalho é notável pela harmonia e instrumentação, além da habilidade com a letra e a melodia. É possível ver nos seus trabalhos influências de Claude Debussy e Gabriel Fauré, além de Arthur Honegger. Durante a Primeira Guerra Mundial, Nadia e Lili organizaram esforços para auxiliar os soldados franceses. Lili adorava viajar, mas a sua vida e o seu trabalho foram prejudicados por doenças crônicas. Começou com pneumonia aos 2 anos, que enfraqueceu seu sistema imunológico, levando a uma tuberculose, que por fim a matou aos 24 anos.
Amy Beach (1867 – 1944) compositora e pianista dos Estados Unidos América. Precocemente talentosa, e dotada, depois de estudar piano e composição na adolescência em seu país natal com Ernst Perabo (mas foi principalmente autodidata), feza sua estreia profissional como pianista em 1883. Dois anos depois, em 1885, casou com o Dr. Henry Beach e restringiu consideravelmente as suas atividades de concerto (dedicando-se à composição), porém ela retomou ao piano ativamente após a morte do marido em 1910, incluindo uma grande turnê pela Europa que terminou em 1914, ano em que ela retornou aos Estados Unidos. Ela escreveu composições para piano, música de câmara, canções para voz e piano, obras corais incluindo uma missa solene com orquestra, um concerto para piano, uma sinfonia e uma ópera.